29 de abril de 2010

tempo cor de rosa chock...





Pude viajar comigo mesma nas arrumações que fiz em meus armários durante minhas férias. A intenção era jogar para o lixo papéis, fotos, agendas que estavam a ocupar o espaço no qual preciso tanto. Mas foi impossível fazê-lo.
Vi muitos anos em poucas horas. Lembrei de cada pessoinha que passou em meu caminho. Se não acreditam, achei uma caixa com bilhetes que trocava com amigos em sala de aula, ou com amigos de outra sala, fazíamos as inspetoras andarem que nem barata tonta pelos corredores para entregas os tais bilhetes... De que falavam? Ora, de paixões platônicas, ou do quanto valia aquela amizade. Até mesmo fofoca de alguém...
Daqueles corredores jamais irei esquecer, consigo lembrar perfeitamente dos dias de chuva naquele colégio, dos professores falando, da turma conversando antes de começar a aula.
E ainda mexendo e mexendo, consegui ler uma por uma das agendas, e a rir sozinha de todas as besteiras que me prestava a escrever todos os dias. Até papel de bala pregado na página!!
Achei fotos com dedicatórias atrás de pessoas que acredito que nunca mais irei ver, o texto que escrevi e li quando fui oradora do 3º ano na festa de formatura do colégio. Falei de cada um da turma, e lendo lembrei-me de pessoas que estudaram comigo que já nem mais sabia as feições.
Cartões, cartas de amigos que haviam ido embora, convites de aniversário, e papéis de carta, mas já sem o perfume. Tardes e tardes trocando esses papéis de carta no pátio com as amigas, tantas negociações... “Ah não, esse não, eu não tenho repetido dele...” (risos).
Nem havia me percebido, que o tempo foi passando e eu fui guardando cada pedaço dele.
Não consegui jogar fora tudo aquilo, tentei separar, mas cada objeto tinha uma história pra contar. Quem pegar, não vai saber o que significam, mas foram guardados por algum motivo.
Nós não vemos o tempo passar, são esses detalhes que nos fazem voltar e revive-los, depois cair na real e perceber de como tudo passou tão rápido.

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