Ver-o-Peso: encontro de cores, aromas e sabores
Maior feira livre da América Latina, uma das Sete Maravilhas Brasileiras e conjunto tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional, isso em 1997. Já faz tempo que os paraenses se habituaram com os títulos nacionais e internacionais dados ao Ver-o-Peso, em Belém. São quase quatro séculos em que o espaço inspirou – e inspira - declarações de amor de escritores como Euclides da Cunha, poetas como Mário de Andrade, Bruno de Menezes, Max Martins e compositores como Chico Sena e, de quebra, ainda funciona como segunda casa – alguns dizem ser a primeira – de cinco mil trabalhadores, divididos em 1.250 barracas de 19 setores, que vão de hortifrutigranjeiros ao artesanato, passando pelas ervas medicinais e vestuário. Vamos deixar de modéstia e falar em português direto: o Ver-o-Peso sintetiza, na essência, o orgulho de ser do Pará.A feira que seduziu tantas personalidades e onde se encontra de tudo, até mesmo do mundo sobrenatural (nas barracas de “mandinga”), está em um complexo arquitetônico que tem cerca de 35 mil metros quadrados; dele fazem parte construções arquitetônicas centenárias como o Mercado da Carne, o Mercado de Peixe, a Feira do Açaí e o Solar da Beira. O espaço abriga ainda a Praça do Relógio, a Praça do Pescador, a Ladeira do Castelo e a Doca do Ver-o- Peso. Por falar nisso, por que Ver-o-Peso? Bem, devemos o nome aos colonizadores portugueses, que em fins do século XVII, por volta de 1688, para melhor fiscalizar O Ver-o-Peso é a maior feira livre da América Latina, o ponto turístico do Pará mais lembrado por turistas de outros Estados e países. Já foi escolhido como uma das Sete Maravilhas Brasileiras e tombado como Patrimônio da Humanidade, pelo Iphan. É o lugar onde muitas vezes já foi celebrado, com um bolo gigante, o aniversário de Belém, no dia 13 de janeiro. Em seus mercados de Carne, arquitetado por Francisco Bolonha, e Peixe podem ser encontrados resquícios da riqueza da Belle Époque, com material fabricado em Londres e Nova Iorque. Inspirou declarações de amor de artistas paraenses e nacionais. mercadorias, estabeleceram um controle alfandegário de peso na Amazônia. Criaram um posto de fiscalização e tributos, onde um funcionário público operava uma balança que mediava as transações comerciais. A esse posto deram o nome de Casa do Haver-o-Peso. A convivência com pessoas de outros estados e estrangeiros se encarregou de transformar o “haver” em “ver” e rebatizar o lugar como Ver-o-Peso, simplesmente.
DESPERTAR COM OS BARCOS
Para o paraense, tão certo quanto o sol que se levanta todos os dias é o despertar das manhãs com a chegada dos barcos ao porto do Ver-o- Peso. Quando tudo começou, era, vamos admitir, um trapiche bem simples usado pelas embarcações que chegavam a Belém, de todas as partes do mundo. Naqueles ontens, as estradas, de terra batida, não iam muito além dos limites da capital e aviões, bem, isso só seria imaginado séculos depois por visionários como o inventor paraense Júlio Cézar Ribeiro de Souza, pioneiro da dirigibilidade aérea. Não tinha escolha: a única comunicação de Belém com o resto do planeta começava nas águas barrentas da baía do Guajará.Se no começo aportavam navios cargueiros, o avanço das comunicações inverteu os processos e hoje o que mais se encontra na orla são barcos de pesca e pequenas canoas, carregadas de peixes (cujas vendas chegam a 10 toneladas por dia) e frutas trazidos das ilhas no entorno de Belém. O calor humano, a fraternidade e a hospitalidade são únicos por aqui. Não se espante se um feirante lhe dirige a palavra (“Alô meu freguês, minha freguesa...”) ou lhe pega pelo braço na maior naturalidade. Ele está abrindo as portas e oferecendo o que tem de melhor.
POR QUE SE ORGULHAR?
O Ver-o-Peso é a maior feira livre da América Latina, o ponto turístico do Pará mais lembrado por turistas de outros Estados e países. Já foi escolhido como uma das Sete Maravilhas Brasileiras e tombado como Patrimônio da Humanidade, pelo Iphan. É o lugar onde muitas vezes já foi celebrado, com um bolo gigante, o aniversário de Belém, no dia 13 de janeiro. Em seus mercados de Carne, arquitetado por Francisco Bolonha, e Peixe podem ser encontrados resquícios da riqueza da Belle Époque, com material fabricado em Londres e Nova Iorque. Inspirou declarações de amor de artistas paraenses e nacionais.
(Diário do Pará)
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